quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vale a pena ler e comentar!!!

Companheiros,

para esquentar os motores, vai aí um texto que não sabemos ao certo a autoria. Reza a lenda que é da espanhola Mônica Monasterio.

"Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os nossos filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história. O grave é que estamos lidando com crianças mais 'espertas', ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com respeito. À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. (...) Hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que poucos os respeitem. E são os filhos que agora esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir ou viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos. Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles. Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade. É assim que evitaremos que novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino. Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito."

Atenciosamente,

Dr. Ernesto.

2 comentários:

Peter Garcia disse...

Texto interessante e verdadeiro. Trata da evolução das coisas,dos filhos especificamente. Porém evolução perigosa,visto que os filhos passam a ser mais espertos que os pais,conhecem mais coisas que os pais...
A pura é verdade é a que escuto da minha mãe: Não se faz(em qualidade) mais filhos como antigamente.
Confirmo isso no tipo de criação que meus pais tiveram e eu tive. A dos meus pais mais autoritária,aparentemente deu certo,meus pais são pessoas de bem. Já minha criação mais livre,deu certo por acaso.
Primeiro beijo antigamente era aos 15 anos,hj em dia adolescentes tem filhos com 15 anos...E assim caminha a humanidade para a destruição.

J. Xavier disse...

É a progresso, a liberdade, a democracia do mundo que vai se refletindo nas relações familiares.
Vamos deixar os filhos criarem os pais. A "roda da História" está aí, pra quem quiser acompanhar e vermos no que isso vai dar. A autoridade sendo substituída pela liberdade absoluta.