sábado, 5 de dezembro de 2009

Ainda nas cidades...

Companheiros,

este artigo me foi enviado por um antigo colaborador e queria colocá-lo em pauta.

"Bom, sou morador do subúrbio carioca, e todos os dias que olho pela minha janela avisto um emaranhado de casas popularmente chamado de "Complexo do Alemão". Vislumbro as obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Tudo se resolve em questão de meses. As obras faraônicas ganham vida facilmente. Contudo, o saneamento básico na Baixada Fluminense e outras obras necessárias são deixadas de lado. Também fui sabedor que alguns moradores das comunidades da Zona Sul estão recebendo seus títulos de propriedade das casas. Ora, quer dizer que milhões de construções ilegais, feitas nas encostas dos morros cariocas, um atentado à ordem e ao meio ambiente, serão legalizados pelo governo? Simplesmente, o que não pode ser remediado, remediado está? Essas famílias não serão realocadas para conjuntos habitacionais COMPRADOS? É isso? Tudo será legalizado como uma grande borracha na memória dos cidadãos? O caos no Rio vai continuar? Por que a União não realoca essas famílias para COHABs e dão uma vida digna a essa população? Deixo essas perguntas a todos."

Grato.

Dr. Ernesto

domingo, 15 de novembro de 2009

O Muro da "Vergonha"

Companheiros,

nesta semana que passou acompanhamos as comemorações dos vinte anos da queda do Muro de Berlim. O que eu me perguntava sempre que era lembrado do acontecimento, era se realmente a construção do muro foi válida. Proibir a passagem do povo da Berlim oriental para a Berlim ocidental não era a única forma de manter o regime socialista. Afinal de contas, para as pessoas que pleiteavam atravessar para o outro lado, ter saúde, educação, transporte e segurança de boa qualidade não eram suficientes. Eles queriam mais. Queriam viver em uma sociedade consumista. Uma sociedade corrompida em sua essência. Onde sempre se busca ter mais só para mostrar ao vizinho o quanto posso ser melhor do que ele e não pelo conforto próprio e básico. Uma sociedade movida pela ganância e não pela vontade de ter aquilo que atenda às suas necessidades. Alguns até argumentavam que estavam separados de seus parentes, mas a grande maioria queria aproveitar estas "facilidades" de um mundo capitalista. Depois de 28 anos, o desejo de muitos foi atendido. Mas nem tudo saiu como o esperado, haja vista que a antiga Alemanha Ocidental virou o "primo rico" e a antiga Alemanha Oriental, "o primo pobre", após a reunificação.  Muro da Vergonha... Vergonha é ter o mesmo carro simples que o meu vizinho tem, ou morrer por falta de atendimento médico, por não ter dinheiro para pagá-lo?  Tenho plena convicção que manter as pessoas cercadas por um muro, não é o melhor jeito de comprovar a eficácia de seu sistema, assim como também tenho a convicção de que muitos alemães da antiga parte oriental se arrependeram da escolha que fizeram. O povo escolheu viver em uma sociedade capitalista e consumista a ter os serviços de bases e de qualidade, como foi noticiado na época. Será que o povo sabe fazer suas escolhas?

Dr. Ernesto.

domingo, 1 de novembro de 2009

Para onde vamos?

Companheiros,

seguindo a linha de raciocínio do último artigo, quero colocar em questão a problemática que é cada vez mais constante em nossos grandes centros. Engarrafamentos em quase todos os horários (não existe mais "rush"), expansão das favelas, violência, criminalidade. Na minha opinião, o "movimento migratório" que está acontecendo hoje é de que as pessoas que tem condição financeira estão optando em morar afastadas dos grandes centros urbanos. Haja vista que podem se manter em lugares onde os serviços são precários, mas o sossego e a tranquilidade são abundantes. No caso contrário, aqueles que não possuem tal condição são cada vez mais jogados para o núcleo dos grandes centros, causando um iminente colapso nas engrenagens que movem o Rio de Janeiro. Estas pessoas, em sua maioria, estão mais perto dos serviços e "facilidades" da capital, mas são obrigados a conviver com os problemas já citados. Sendo que a proporção de pessoas que são obrigadas a viver neste caos é infinitamente maior do que aqueles que podem se refugiar no interior, onde estaremos daqui a dez anos? Teremos lugares suficientes para acomodar de forma confortável essa massa que cada vez mais aumenta? Teremos condições de arcar pelo alto custo da falta de planejamento do passado?


Sossegadamente,

Dr. Ernesto.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Supervia Informa...

Companheiros,


acompanhando o ritmo dos noticiários desta semana, a pauta que mais me chamou a atenção foi a situação tensa nas estações de trens no Rio de Janeiro. Vou optar por um assunto bem regional, mas que se formos analisar a fundo, entra em âmbito nacional. Já há algum tempo, a lua-de-mel entre os usuários da Supervia e a empresa acabou, haja vista as "chicotadas" que alguns passageiros levaram há algum tempo. A companhia chegou bem, com preços baratos, promoções, reformas de trens e estações e bons serviços. Não entendo como deixaram o serviço cair tanto. E vocês? O que acham? A Supervia está deixando a desejar ou o povo merece o serviço que tem, por não ser zeloso? E partindo para uma discussão mais ampla, com tanta malha ferroviária no Rio, por que nossos trabalhadores têm de enfrentar engarrafamentos monstruosos para chegarem em seus trabalhos ou suas casas? E o Brasil, com esta vasta rede de ferrovias que se torna cada vez mais refém do caro, poluidor e perigoso transporte rodoviário? Será que vale a pena?

Preocupadamente,

Dr. Ernesto.

P.s.: Não deixem de participar da nossa enquete, na coluna ao lado!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Coubertin visitará o Rio em 2016?

Companheiros,

até o horário deste artigo ainda não tinha conhecimento do resultado da escolha para a cidade-sede das Olimpíadas de 2016. Acredito eu, que atualmente na cidade do Rio e com certeza no estado, temos maiores preocupações do que construir estádios e parques aquáticos nababescos. Possivelmente argumentarão sobre a herança que ficará na cidade, e toda aquela esperança típica do povo brasileiro. Mas estou pronto para as críticas. Então, você torce para o Brasil ser escolhido? E você, que comentar após o resultado, acha que teremos condição de sediar um evento desse porte? Acha que é justo a saúde pública e a segurança estarem à beira do caos, e gastarmos milhões em estádios e arenas que em poucos anos estarão completamente abandonadas?